quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Grupo consegue paralisar processo que libera usina em cachoeira do Limoeiro, em Bueno Brandão/MG

Um grupo formado por ambientalistas, empresários, vereadores e autoridades de Socorro, que lutam em favor das cachoeiras da região, conseguiu por intermédio de quatro conselheiros do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM), entre eles o coordenador regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Grande, Bergson Guimarães, a aprovação do pedido de vistas ao processo que permitia a instalação da Central Geradora Hidrelétrica (CGH) no rio Cachoeirinha no bairro do Limoeiro, em Bueno Brandão. MG. ...
Leia o restante da notícia no site: http://www.copaiba.org.br/news/not.asp?cod=166

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Corredeiras do Rio do Peixe correm perigo com possível instalação de CGH










As fotos mostram duas das várias corredeiras e pequenas cachoeiras do Rio do Peixe, no município de Socorro/SP, que sofrerão impactos caso seja instalada a CGH Peixe.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Autoridades, empresários e ambientalistas vão à Brasília para defender as cachoeiras da região

A prefeita Marisa de Souza Pinto Fontana, o vice Jorge Fruchi, os vereadores Junior Sartori, André Bozolla, Luciano K. Taniguchi, João Pinhoni e o presidente da Câmara, vereador Pedro Sábio, o padre Juzemildo, assessores da prefeitura e da câmara, empresários do meio turístico e hoteleiro, representantes de organizações ambientais, cidadãos socorrenses... Uma comitiva, contrária à instalação de miniusinas hidrelétricas na bacia do Rio do Peixe foi à Brasília, sede do governo federal, para defender as cachoeiras de Socorro.Prefeitos, vereadores e representantes de cidades vizinhas de Bueno Brandão, de Camanducaia, de Amparo, Pedra Bela, Munhoz, Morungaba e Itu, também participaram da audiência pública realizada no dia 20 de outubro. A audiência discutiu os impactos ambientais e econômicos gerados pela instalação de pequenas centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) na Bacia do Rio do Peixe. A implantação das CGHs demandaria a construção de barragens que varreriam do mapa inúmeras cachoeiras. Com isso, além da inevitável degradação ambiental, as usinas afetariam drasticamente as atividades turísticas dos municípios, especialmente as relacionadas à água, como rafting e canoagem. Entre os expositores, estava Alan de Alvarenga Menezes, diretor da TocTao Engenharia Ltda, da cidade de Goiânia-GO, responsável pelo projeto de construção das miniusinas. Ele apresentou relatório abordando os benefícios que suas obras trariam para a região.Durante a audiência, os deputados federais Ricardo Trípoli, Roberto Santiago e Wanderley Macris se posicionaram contrariamente à instalação das miniusinas hidrelétricas. "Não há como tolerar iniciativas que degradem o meio ambiente e ameacem o desenvolvimento do ecoturismo local. São vários os equívocos, sobretudo porque no município de Socorro não há déficit de energia", argumentou Trípoli, em relação à previsão de produção energética prevista, que é irrisória. O presidente da mesa convidou o vereador Luciano Taniguchi a fazer uso da palavra e ficou emocionado ao citar que sua filha também é cadeirante e que, em breve, pretende trazê-la a Socorro, para a prática de esportes de aventura adaptados. Para a prefeita Marisa, esse foi um momento histórico e ela aproveitou para agradecer o empenho de todos.

Resultados
O sucesso da audiência pública na comissão de Meio Ambiente ficou nítida, por meio das posições apresentadas pelos expositores que mostraram os impactos das usinas no turismo de toda a região, como também dos três deputados federais que foram muito felizes e que, mesmo sendo de partidos diferentes, tiveram uma posição unânime totalmente contrária às usinas. Eles prometeram trabalhar de forma efetiva, após essa audiência pública, para que não haja nenhuma possibilidade de instalação dessas CGHs em Socorro e região.Para José Fernandes, empresário que também fez sua exposição em Brasília, “apesar dessa vitória inicial, a cidade de Socorro e cidades que estão lutando pelo fortalecimento do turismo regional, como é o caso de Bueno Brandão, Munhoz, cidades do Circuito das Águas e outras, têm que continuar juntas, para que se tome uma decisão final que não comprometa de forma alguma todo o desenvolvimento turístico que temos tido ultimamente, principalmente em razão de nossos recursos naturais.Socorro e Bueno Brandão possuem grande número de cachoeiras e várias empresas de Socorro operam turismo de aventura em ambas as cidades, promovendo uma integração importante nesse segmento. Exemplos como esse têm que ser cada dia mais seguidos. As cidades que possuem maior desenvolvimento turístico têm por obrigação ajudar as que ainda estão iniciando essa atividade tão importante para a geração de empregos e renda para toda a população”, finaliza Zé Fernandes. Também fizeram uso da palavra Jair Asbahr, prefeito de Bueno Brandão, Herculano Passos Júnior, prefeito de Itu e presidente da Aprecesp, Célio de Farias Santos, prefeito de Camanducaia, Antonio Aparecido Hajaij, do Comitê da Bacia de Mogi e Israel Henrique Waligora, diretor socioambiental da Abeta. Além desses, o professor Gerson, da Copaíba, Marcos Lomônico, do GEA, padre Juzemildo, todos em defesa das Cachoeiras Vivas.

Outro importante passo
No dia seguinte das discussões da Audiência Pública, outro importante passo foi dado. Por intermédio do deputado Nelzon Marquezelli (PTB); uma nova reunião conseguiu ser agendada com uma das autoridades máximas do Governo Federal. Representantes de Socorro foram recebidos pelo diretor geral da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner.A ANEEL é uma autarquia sob regime especial (agência reguladora), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, com sede no Distrito Federal, com a finalidade de regular e fiscalizar a produção, transmissão e comercialização de energia elétrica.

Fonte: Jornal O Município de Socorro

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mais de 12 mil pessoas assinam abaixo-assinado contra as mini-usinas


Para impedir um desastre ambiental e o fim de atrativos turísticos naturais nas cidades de Socorro, Bueno Brandão, Munhoz e Tocos do Moji, o Movimento Cachoeiras Vivas entregou na última quarta-feira ao prefeito de Bueno Brandão, Jair Asbahr, a prefeita de Socorro, Marisa de Souza Pinto Fontana, e ao promotor de justiça de Socorro Dr. Elias Francisco Baracat Chaib, um abaixo-assinado, com 12.342 assinaturas, em favor da preservação das cachoeiras onde seriam construídas 5 mini-hidrelétricas na bacia do Rio Mogi Guaçu.
A idéia de buscar apoio dos moradores e visitantes das cidades afetadas, por meio do abaixo-assinado, surgiu em agosto quando foi anunciada a construção das chamadas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) na região. Depois de correr pelos municípios de Socorro, Bueno Brandão e Munhoz, a lista de assinaturas se transformou em um importante documento para mostrar às autoridades locais e aos órgãos licenciadores a indignação da população que não quer ver suas cachoeiras comprometidas.
Com a entrega do abaixo-assinado, feita na Prefeitura de Socorro pelo presidente da Associação Ambientalista Copaíba, Gerson Augusto Ribeiro Silveira, e pelo coordenador do Núcleo Ambientalista de Socorro, João Gabriel Tannus Giacometti, os governantes municipais irão usá-lo como instrumento de defesa para impedir o empreendimento. O abaixo-assinado também será entregue aos demais prefeitos das cidades previstas para receberem as mini-usinas, aos promotores públicos e a outras autoridades.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Movimento Frente Ampla do Sul de Minas e Leste Paulista efetua ações em prol das cachoeiras da região


A Frente Ampla do Sul de Minas e Leste Paulista – movimento criado para a defesa das cachoeiras e rios da região, desenvolveu diversas ações nesta semana.

A ação de maior impacto, foi realizada no dia 9 de setembro, quando os membros da Frente Ampla foram à cidade de Varginha (MG), sede da Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Região Sul de Minas – órgão licenciador do meio ambiente do Estado de Minas Gerais. Na oportunidade estiveram presentes os municípios de Bueno Brandão, Munhoz, Senador Amaral, Fama e Elói Mendes (Minas Gerais) e de Socorro, Serra Negra, Lindóia,Águas de Lindóia e Caconde (São Paulo); representantes dos poderes legislativos, da sociedade civil, de deputados e da APRECESP – Associação Paulista das Estâncias Turísticas do Estado de São Paulo.

O presidente da Frente Ampla, Jair Asbhar, prefeito de Bueno Brandão, informou a Superintendente da SUPRAM–Sul, Valéria Cristina Rezende, que o objetivo da reunião era procurar sensibilizar os técnicos do órgão, sobre os prejuízos econômicos, sociais e ambientais, que a instalação das Centrais Geradoras Hidrelétricas - CGH causariam aos municípios da região, além de protocolar um abaixo assinado com mais de seis mil assinaturas de moradores contra o projeto.

Carlos Zuppo – Secretário Executivo APRECESP, enfatizou a Política de regionalização do Ministério do Turismo que definiu a região como um dos destinos turísticos indutores (prioritários) para receber investimentos do Governo Federal na área, e que desta forma, muitos empresários ligados ao setor já efetuaram investimentos vultuosos em seus empreendimentos. Assim, a perda destas cachoeiras será um contrassenso sem retorno. Para Zuppo, caso ocorram estas obras, os impactos sociais e econômicos serão irreversíveis.

Tiago Sartori, da Associação Ambientalista Copaíba apresentou as restrições técnicas aos projetos nos locais previstos sob a ótica ambiental, turística e sócio-econômica. Na seqüência, Valéria Rezende da SUPRAM-Sul, informou que, a sua superintendência tem por finalidade planejar, supervisionar, orientar e executar as atividades relativas à política estadual de proteção ao meio ambiente de Minas Gerais e que irá analisar as reivindicações solicitadas na reunião, além de pedir aos seus técnicos um acompanhamento criterioso nas áreas que poderão ser afetadas. Também encaminhará os documentos protocolados pela Frente Ampla e o abaixo assinado ao Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais– SEMAD – José Carlos Carvalho.

No final, a Prefeita de Socorro, Marisa Fontana – vice-presidente da Frente Ampla, disse que, um dos próximos passos será uma audiência com o Ministro do Turismo – Luís Barretto. Também serão efetuados contatos da Frente com a Secretaria de Estado de Energia e Saneamento de São Paulo, entre outros contatos que estão sendo realizados com o objetivo de ampliar as adesões ao movimento que cresce a cada momento em prol dos atrativos naturais da região.
Foto: Prefeito de Bueno Brandão Jair Asbhar durante sua fala em reunião com a Supram-Sul.

(Contato Press Release: turismo@buenobrandao.com.br)

Instalação de Usinas Hidrelétricas nos municípios turísticos causam indignação



Um pool de empresas sediadas no estado de Goiás pretende implantar 5 mini-usinas hidrelétricas no sul de Minas Gerais e leste Paulista, para gerar no total 5 Mhw de energia (1 Mhw cada uma). Os projetos seriam muito bem recebidos pela população se eles não decretassem o fim de importantes atrativos turísticos naturais. São quatro municípios afetados: Socorro (SP), Munhoz (MG), Tocos do Moji (MG) e Bueno Brandão (MG), sendo que nesta última serão duas Mini-Usinas construídas na mesma seqüência hídrica, ou seja, no mesmo trecho de rio.

As mini-usinas a serem construídas recebem o nome técnico de CGH, Centrais Geradoras Hidrelétricas, que tem características próprias e recebem incentivos do Governo Federal por se tratarem de empreendimento que, em tese, tem baixo impacto no meio ambiente. Por se tratarem de empreendimento de pequeno porte, estão dispensados de licenciamento ambiental mais detalhado e também das audiências públicas onde as comunidades locais são ouvidas e participam da decisão sobre a implantação desses empreendimentos.

O fato da comunidade não ter tido a chance de ser ouvida causou grande indignação em todas as cidades-alvo das CGHs, pois “além dos impactos no meio-ambiente, a perda no setor turístico é incalculável”, diz Tiago Sartori da ONG Copaíba.

Além das comunidades, várias ONGs estão empenhadas no movimento criado para que as cachoeiras sejam preservadas. O Movimento chamado “Cachoeiras Vivas”, está mobilizando a população dos quatro municípios em um abaixo-assinado a favor da preservação das cachoeiras, importantes recursos turísticos para os municípios.

As prefeituras também estão se mobilizando. No dia 21 de agosto, em uma reunião realizada no Parque dos Sonhos, em Bueno Brandão, foi criada a Frente Ampla dos Municípios de Minas Gerais e São Paulo em Prol das Cachoeiras Vivas, sob a presidência do Prefeito de Bueno Brandão (MG), Jair Asbahr e vice-presidência da Prefeita de Socorro (SP), Marisa de Souza Pinto Fontana.

Mobilizações da sociedade civil em torno de um assunto de relevância não são raros, mas a aglutinação da sociedade civil, entidades do terceiro setor, poderes municipais constituídos, executivo e legislativo, além de apoio de deputados federais, estaduais e membros do ministério público, de diversas localidades já legitima, de forma ímpar, o movimento que visa preservar recursos naturais que são explorados de forma consciente porém produtiva, através do turismo e evitar que se percam para sempre, a exemplo das Sete Quedas – atrativo turístico do sul do Brasil, extinta quando da inundação para a formação do lago da Hidrelétrica de Itaipu.

Todos os participantes do movimento “Cachoeiras Vivas” tem o mesmo pensamento. Não são contra a instalação de usinas hidrelétricas, tampouco questionam a necessidade de ampliação da matriz energética nacional. O que todos desejam é que, se mantenham os trechos hídricos que são atrativos turísticos naturais. Percebe-se uma total falta de comunicação ou entrosamento entre os ministérios de Minas e Energia e do Turismo, já que todos os locais destinados a construção das CGHs na região estão inventariadas e cadastradas junto ao Ministério do Turismo como atrativos naturais há pelo menos 15 anos, o que causa estranheza o apoio do Ministério de Minas e Energia em fomentar essas CGHs em locais já destinados a outra atividade sob os auspícios de outro Ministério.

O Complexo do Limoeiro, em Bueno Brandão, que deverá ser o primeiro local de intervenção das CGHs é formado por três grandes cachoeiras e corredeiras. O Complexo Limoeiro deverá ter duas das três cachoeiras extintas pela implantação das CGHs, as Cachoeiras do Limoeiro 1 e 2. A Cachoeira do Limoeiro 3 – a última do Complexo – está localizada dentro do Centro Turístico Parque dos Sonhos, considerado um empreendimento modelo em turismo de aventura e acessibilidade, sendo inovador na práticas de diversas modalidades de turismo – inclusive de aventura – para pessoas com deficiências motoras e cerebrais graves (tetraplégicos e paraplégicos), além de pessoas com mobilidade reduzida, onde se incluem idosos, crianças, entre outras.

As duas usinas estarão instaladas antes que o rio passe pela Cachoeira do Limoeiro 3 e antes do Parque dos Sonhos que sofrerá, certamente, danos por conta da intervenção das usinas no fluxo do rio. No trecho do Complexo do Limoeiro, compreendido pelas três cachoeiras, o rio Cachoeirinha não recebe nenhum afluente que aumente o volume da água, o que caracteriza as duas CGHs em uma única usina que gerará, em tese, 2 Mhw de energia, ultrapassando o limite das CGHs, caracterizando as duas usinas como uma única, de porte denominado como PCH.

O Movimento que apóia a manutenção das cachoeiras como atrativos turísticos em detrimento às usinas é visto pela grande maioria da população como legítimo, já que, mantendo os atrativos como estão, garante o desenvolvimento econômico do município através do turismo, gerando emprego e renda por gerações, sempre pautados pelo princípio da sustentabilidade.

Foto: Cachoeira do Rio do Peixe - Bairro Espraiado - Munhoz/MG

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Prefeitos de cinco municípios lançam movimento em defesa das cachoeiras



Uma mobilização em defesa das cachoeiras da bacia Rio do Peixe, ameaçadas pelo projeto de implantação de barragens de Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), foi lançada no último dia 21 de agosto pelos prefeitos dos municípios de Socorro e Pedra Bela, pelo lado paulista e Bueno Brandão, Munhoz, Senador Amaral, que pertencem a Minas Gerais. O movimento, denominado Frente Ampla do Sul de Minas e Leste Paulista em Prol do Projeto Cachoeiras Vivas, também é integrado por empresários da área turística e instituições ambientalistas e pretende criar uma mobilização em âmbito nacional, envolvendo associações de turismo, entidades não-governamentais e parlamentares, para barrar a implantação das CGHs em estâncias turísticas.

Durante a reunião em que se definiu a criação da frente, realizada no Parque dos Sonhos, foi apresentado um extenso relatório, elaborado por entidades ligadas à defesa do meio ambiente, que apontou os impactos da possível implantação das Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGHs. Estima-se inicialmente que serão cinco usinas – três em território mineiro, no município de Bueno Brandão e duas do lado paulista, ambas em Socorro. O estudo apresentado revelou que esses projetos demandariam a construção de pequenas barragens que varreriam do mapa várias cachoeiras. Com isso, além dos efeitos negativos para o meio ambiente, as usinas afetariam drasticamente as atividades turísticas dos municípios, especialmente as relacionadas com a água.

O prefeito de Bueno Brandão Jair Asbar, indicado para presidir a Frente, manifestou-se contrário ao projeto das CGHs e sugeriu uma aliança das estâncias turísticas de Minas e São Paulo para lutar por uma legislação federal que impeça esses empreendimentos em cidades de interesse turístico. O prefeito Herculano Baião, da cidade mineira de Senador Amaral, foi ainda mais enfático e disse que é preciso “fechar a porteira e proteger o nosso bem mais precioso”. Herculano relatou ainda que já vem promovendo ações de educação ambiental e de proteção dos mananciais no seu município.
A prefeita de Socorro, Marisa de Souza Pinto Fontana, também se manifestou contrária à implantação das usinas, postura que, inclusive, ela já havia manifestado às entidades ambientalistas do município. “Além das consequências negativas para o turismo e meio ambiente, esses usinas podem trazer escassez de água para os produtores rurais que se utilizam do rio, para irrigação”, ponderou a prefeita Marisa.

A Frente Ampla do Sul de Minas e Leste Paulista tem com presidente Jair Asbar, prefeito de Bueno Brandão/MG; a vice-presidente é Marisa de Souza Pinto Fontana, prefeita de Socorro/SP; para segundo vice-presidente foi escolhido Herculano Baião, prefeito de Senado Amara/MG. São ainda membros do grupo José Ronaldo Leme, prefeito de Pedra Bela/SP e Dorival Amâncio Fróes, prefeito de Munhoz/MG.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Matéria veiculada na Sexta Feira 21/08

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Matéria veiculada na Sexta Feira 21/08

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sábado, 22 de agosto de 2009

Usinas de Munhoz

Slide explicando como serão as usinas de Munhoz. Possui mapa topográfico da região que receberá as usinas. Fotos das marcações que a empresa realizou para iniciar as obras e mais alguns dados adicionais.

Rio do Peixe sofre ameaça de construção de quatro mini hidrelétricas

Desde o início de 2009, representantes de diversos setores do município de Socorro, dentre eles ONGs ambientalistas, empresas de turismo e poder público, vêm buscando informações sobre a construção de Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), aqui chamadas de mini hidrelétricas, na bacia do Rio do Peixe.
A intenção de se implantar tais mini hidrelétricas na bacia do Rio Peixe parte de um conjunto de empresas de Goiânia, que tem como meta a construção de 4 destas CGHs, sendo duas em Bueno Brandão, uma em Munhoz e uma em Socorro. Além disso, está prevista ainda uma quinta mini hidrelétrica para a região, a ser instalada no Rio Espraiado, no município mineiro de Tocos do Mogi. Tais rios fazem parte das cabeceiras do Rio Mogi Guaçu.
Esta confirmação causa grandes preocupações diante das possíveis conseqüências ambientais e sócio-econômicas dos empreendimentos, principalmente com o comprometimento do potencial turístico da região.
Em busca de mais informações, aconteceu no dia 21 de julho, na prefeitura municipal de Bueno Brandão, uma reunião com o objetivo de discutir as implantações das CGHs. Estiveram presentes nessa reunião de um lado os representantes do conjunto de empresas empreendedoras de Goiânia (interessadas em implantar as CGHs) e do outro lado, representantes da Prefeitura de Bueno Brandão, vereadores da Câmara de Bueno Brandão, representantes da Prefeitura de Munhoz, Associação Ambientalista Copaíba e Projeto Piracema (ONGs ambientalistas de Socorro) e representantes de alguns setores organizados da sociedade civil de Bueno Brandão.
Os representantes das empresas empreendedoras explicaram um pouco sobre o projeto, seus impactos e as formas de compensação ambiental previstas. Tais esclarecimentos de forma alguma tranqüilizaram os presentes, que fizeram diversas indagações sobre os impactos sócio-econômicos e ambientais e principalmente a perda da beleza cênica das cachoeiras. A empresa empreendedora anunciou ainda que o início da construção da primeira CGH em Bueno Brandão está prevista para agosto de 2009. Diante da situação, o presidente da Câmara Municipal de Bueno Brandão - vereador Joaquim de Assis dos Santos, sugeriu uma reunião aberta à população na Câmara Municipal para que o empreendimento seja discutido.


Após análise do projeto técnico da obra, parte dos empresários do turismo da região e representantes de instituições ambientalistas se reuniram para discutir seus impactos e todos se mostraram contra a implantação destas mini hidrelétricas.
“O turismo no município trabalha há tempos para criar o menor impacto ambiental possível, por isso sou contra a construção das mini hidrelétricas visto que essa implantação irá agredir drasticamente a paisagem local. Também não acho necessária a construção de mais uma hidrelétrica no município (de Socorro) e se pensarmos que futuramente alguma prática do turismo possa ser desenvolvida nesses locais, que possui grande valor natural, com a construção das CGHs isso se torna inviável”, diz o Sr. Juneca – proprietário da empresa de turismo Rios de Aventura.


Dentre as severas perdas ambientais ocasionadas com a instalação das CGHs, é importante ressaltar que haverá uma inevitável diminuição do volume d’água do rio no trecho entre a captação e liberação pelas mini hidrelétricas. Além disso, deve ser considerada a perda da beleza ou do valor cênico do local, visto que as barragens para captação de água seriam muros de concreto de até 3 metros de altura exatamente onde hoje se encontram belos conjuntos de cachoeiras e corredeiras dos municípios. Também as CGHs levarão ao comprometimento do fenômeno da piracema, ou seja, a subida do rio pelos peixes para a sua reprodução e o comprometimento da flora ciliar adaptada a regimes de inundação temporária, dentre vários outros fatores.
Segundo Tiago Sartori – secretário executivo da Associação Ambientalista Copaíba, “A Copaíba desde o início das discussões é contra a implantação das CGHs e tem grande preocupação que a implantação dessas mini hidrelétricas gerem precedente para a instalação de outras nas cachoeiras e rios da região. Onde isso irá parar e que destino terão nossos rios caso isso ocorra? Além disso, estamos pensando também na questão do uso de água por parte dos agricultores que ainda não têm o uso da água cadastrado e possuem suas propriedades acima das centrais; estes poderão ter o uso da água controlado e até mesmo proibido”.


As CGHs comprometerão os atuais e futuros empreendimentos do turismo ecológico, esportes de aventura, assim como a rede hoteleira e as pousadas. Este seguimento econômico já está implantado e em expansão nos municípios da região, principalmente em Socorro/SP e Bueno Brandão/MG, e apresenta um potencial de geração de empregos e renda para os municípios muito maior que uma ou várias mini hidrelétricas, que gerariam de 4 a 5 empregos e no máximo 1,0 MWh cada.
Segundo a Sra. Paula Maria de Almeida Chehouan José - presidente do COMTUR (Conselho Municipal de Turismo) de Socorro, “O conselho de turismo preza pela imagem de natureza intacta, sendo assim, não aprova a instalação das mini centrais hidrelétricas, visto que não há necessidade iminente de sua construção e sua instalação não trará benefícios e receitas para o município, podendo inclusive trazer prejuízos para as práticas do turismo local”.


Na visão de Gerson A. R. Silveira, biólogo e atual presidente da Copaíba, “A decisão de se construir tais mini hidrelétricas não deve ser baseada apenas na política energética vigente e sim considerando-se as particularidades sociais, econômicas e ambientais da região, respeitando-se a sustentabilidade dos recursos naturais”.


Você cidadão e cidadã que se preocupa com o respeito à natureza e quer a conservação dos rios e cachoeiras, ajude a sensibilizar os órgãos ambientais, às prefeituras e Câmaras Municipais da região para que essas mini hidrelétricas não saiam do papel.



Foto: Cachoeira no Rio do Peixe, também chamado de Rio Corrente - Munhoz/MG

Texto extraído do site: http://www.copaiba.org.br/

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Usinas de Bueno Brandao

Slide explicando como serão as usinas no limoeiro. Possui mapa topográfico das regiões que receberão as usinas. Fotos das marcações que a empresa realizou para iniciar as obras e mais alguns dados adicionais.

Política Energética x Cachoeiras

Onde vão parar nossas cachoeiras, rios e corredeiras?
Já vimos tantas cachoeiras serão inundadas por grandes hidrelétricas, PCHs e CGHs. Onde iremos parar?

Enquanto lutamos pelas cachoeiras de Socorro/SP, Munhoz/MG e Bueno Brandão/MG, tantos outros travam batalhas em diversos pontos deste Brasil, tais como Aiuruoca/MG e Mogi Guaçu/MG.

Por que será que nossos governantes não usam os recursos que estão investindo nas Hidreletricas (Micro, Mini, Pequenas, Medias ou Grandes) para:
1) Repotencializar/Otimizar as hidrelétricas já existentes e que já geraram impactos ambientais (desta forma conseguiríamos produzir mais energia com as mesmas hidrelétricas);
2) Investir em energia solar, especialmente para o aquecimento de água? (quanto de energia seria economizado se todas as casas, clubes e empresas tivessem energia solar para seus chuveiros, torneiras e piscinas?)
3) Investir em energia solar para iluminação? (já é possível!)
4) Criar programas e leis para incentivar a economia de energia elétrica?
5) Investir em programas educativos para diminuir o consumo de energia elétrica e o desperdício?
6) Criar leis que obriguem todos os equipamentos serem mais eficientes e fiscalizar para que essas leis sejam cumpridas (até hoje não entendo porque os novos equipamentos eletrônicos não tem botão para desligá-lo totalmente, ficando sempre em modo de espera - luz vermelha/azul acesa quando eu o desligo, obrigando-me a ter que tirá-los da tomada para não gastar energia).

Não sou especialista nem técnico em energia, mas sei que essas entre tantas outras estratégias de diminuição no consumo de energia são totalmente possíveis, basta que nossos governantes tenham vontade de fazer isso.

Uma vez destruídas nossas cachoeiras e rios, não haverá compensação ambiental que os recupere!

Lutemos para salvar nossas cachoeiras e rios pois, a soma das lutas fará com que nossos governantes repensem suas políticas energéticas e principalmente seus valores e princípios!

Tiago Sartori
Ambientalista de coração

terça-feira, 11 de agosto de 2009