quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Autoridades, empresários e ambientalistas vão à Brasília para defender as cachoeiras da região

A prefeita Marisa de Souza Pinto Fontana, o vice Jorge Fruchi, os vereadores Junior Sartori, André Bozolla, Luciano K. Taniguchi, João Pinhoni e o presidente da Câmara, vereador Pedro Sábio, o padre Juzemildo, assessores da prefeitura e da câmara, empresários do meio turístico e hoteleiro, representantes de organizações ambientais, cidadãos socorrenses... Uma comitiva, contrária à instalação de miniusinas hidrelétricas na bacia do Rio do Peixe foi à Brasília, sede do governo federal, para defender as cachoeiras de Socorro.Prefeitos, vereadores e representantes de cidades vizinhas de Bueno Brandão, de Camanducaia, de Amparo, Pedra Bela, Munhoz, Morungaba e Itu, também participaram da audiência pública realizada no dia 20 de outubro. A audiência discutiu os impactos ambientais e econômicos gerados pela instalação de pequenas centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) na Bacia do Rio do Peixe. A implantação das CGHs demandaria a construção de barragens que varreriam do mapa inúmeras cachoeiras. Com isso, além da inevitável degradação ambiental, as usinas afetariam drasticamente as atividades turísticas dos municípios, especialmente as relacionadas à água, como rafting e canoagem. Entre os expositores, estava Alan de Alvarenga Menezes, diretor da TocTao Engenharia Ltda, da cidade de Goiânia-GO, responsável pelo projeto de construção das miniusinas. Ele apresentou relatório abordando os benefícios que suas obras trariam para a região.Durante a audiência, os deputados federais Ricardo Trípoli, Roberto Santiago e Wanderley Macris se posicionaram contrariamente à instalação das miniusinas hidrelétricas. "Não há como tolerar iniciativas que degradem o meio ambiente e ameacem o desenvolvimento do ecoturismo local. São vários os equívocos, sobretudo porque no município de Socorro não há déficit de energia", argumentou Trípoli, em relação à previsão de produção energética prevista, que é irrisória. O presidente da mesa convidou o vereador Luciano Taniguchi a fazer uso da palavra e ficou emocionado ao citar que sua filha também é cadeirante e que, em breve, pretende trazê-la a Socorro, para a prática de esportes de aventura adaptados. Para a prefeita Marisa, esse foi um momento histórico e ela aproveitou para agradecer o empenho de todos.

Resultados
O sucesso da audiência pública na comissão de Meio Ambiente ficou nítida, por meio das posições apresentadas pelos expositores que mostraram os impactos das usinas no turismo de toda a região, como também dos três deputados federais que foram muito felizes e que, mesmo sendo de partidos diferentes, tiveram uma posição unânime totalmente contrária às usinas. Eles prometeram trabalhar de forma efetiva, após essa audiência pública, para que não haja nenhuma possibilidade de instalação dessas CGHs em Socorro e região.Para José Fernandes, empresário que também fez sua exposição em Brasília, “apesar dessa vitória inicial, a cidade de Socorro e cidades que estão lutando pelo fortalecimento do turismo regional, como é o caso de Bueno Brandão, Munhoz, cidades do Circuito das Águas e outras, têm que continuar juntas, para que se tome uma decisão final que não comprometa de forma alguma todo o desenvolvimento turístico que temos tido ultimamente, principalmente em razão de nossos recursos naturais.Socorro e Bueno Brandão possuem grande número de cachoeiras e várias empresas de Socorro operam turismo de aventura em ambas as cidades, promovendo uma integração importante nesse segmento. Exemplos como esse têm que ser cada dia mais seguidos. As cidades que possuem maior desenvolvimento turístico têm por obrigação ajudar as que ainda estão iniciando essa atividade tão importante para a geração de empregos e renda para toda a população”, finaliza Zé Fernandes. Também fizeram uso da palavra Jair Asbahr, prefeito de Bueno Brandão, Herculano Passos Júnior, prefeito de Itu e presidente da Aprecesp, Célio de Farias Santos, prefeito de Camanducaia, Antonio Aparecido Hajaij, do Comitê da Bacia de Mogi e Israel Henrique Waligora, diretor socioambiental da Abeta. Além desses, o professor Gerson, da Copaíba, Marcos Lomônico, do GEA, padre Juzemildo, todos em defesa das Cachoeiras Vivas.

Outro importante passo
No dia seguinte das discussões da Audiência Pública, outro importante passo foi dado. Por intermédio do deputado Nelzon Marquezelli (PTB); uma nova reunião conseguiu ser agendada com uma das autoridades máximas do Governo Federal. Representantes de Socorro foram recebidos pelo diretor geral da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner.A ANEEL é uma autarquia sob regime especial (agência reguladora), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, com sede no Distrito Federal, com a finalidade de regular e fiscalizar a produção, transmissão e comercialização de energia elétrica.

Fonte: Jornal O Município de Socorro

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mais de 12 mil pessoas assinam abaixo-assinado contra as mini-usinas


Para impedir um desastre ambiental e o fim de atrativos turísticos naturais nas cidades de Socorro, Bueno Brandão, Munhoz e Tocos do Moji, o Movimento Cachoeiras Vivas entregou na última quarta-feira ao prefeito de Bueno Brandão, Jair Asbahr, a prefeita de Socorro, Marisa de Souza Pinto Fontana, e ao promotor de justiça de Socorro Dr. Elias Francisco Baracat Chaib, um abaixo-assinado, com 12.342 assinaturas, em favor da preservação das cachoeiras onde seriam construídas 5 mini-hidrelétricas na bacia do Rio Mogi Guaçu.
A idéia de buscar apoio dos moradores e visitantes das cidades afetadas, por meio do abaixo-assinado, surgiu em agosto quando foi anunciada a construção das chamadas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) na região. Depois de correr pelos municípios de Socorro, Bueno Brandão e Munhoz, a lista de assinaturas se transformou em um importante documento para mostrar às autoridades locais e aos órgãos licenciadores a indignação da população que não quer ver suas cachoeiras comprometidas.
Com a entrega do abaixo-assinado, feita na Prefeitura de Socorro pelo presidente da Associação Ambientalista Copaíba, Gerson Augusto Ribeiro Silveira, e pelo coordenador do Núcleo Ambientalista de Socorro, João Gabriel Tannus Giacometti, os governantes municipais irão usá-lo como instrumento de defesa para impedir o empreendimento. O abaixo-assinado também será entregue aos demais prefeitos das cidades previstas para receberem as mini-usinas, aos promotores públicos e a outras autoridades.